Sucessor de Ricardo Vélez se apresenta como técnico e defende trajetória acadêmica; Bolsonaro diz ter escolhido novo titular entre ‘dezena de currículos’
Empossado na tarde desta terça-feira, 9, como novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub disse ter o objetivo de “acalmar os ânimos” e defendeu a sua trajetória acadêmica, se apresentando como um “técnico”.
“O objetivo é acalmar os ânimos, colocar a bola no chão, República na mente, respeitando diferentes opiniões. Tem gente que fala que eu sou muito radical, mas eu não sou radical. O que você não pode é descumprir a lei. Você não pode pregar a violência e esperar tolerância. Enquanto você não ameaçar a vida e a integridade física de alguém, eu estou aberto ao diálogo”, disse o novo ministro.
“O que eu trago de diferente é que eu não sou filiado a um partido, como 60% dos ministros eram. Eu sou um técnico, um professor universitário de uma universidade de muito renome”, afirmou. Sem experiência em gestão da educação pública, com uma origem no mercado financeiro, ele disse que o seu currículo foi alto de tentativas de “desconstrução” após o anúncio para o comando da pasta.
“Eu estou sendo deslocado para uma função que o meu passado, a minha formação e o meu histórico, acredito, consigam entregar os resultados que foram prometidos para a nação”, disse o novo ministro, que antes era secretário-executivo da Casa Civil. O economista ressaltou que, apesar de gastas
Ainda no tom de panos quentes, Weintraub fez uma metáfora entre o ministério e um time de futebol, argumentando que é normal “que um técnico faça uma substituição ou outra” e que isso “não significa que o jogador seja ruim ou seja bom, naquele momento ele só não era adequado para aquela posição”. “Se eventualmente acontecer até comigo, tem que ser visto como algo natural”, prosseguiu.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que anunciou na segunda Weintraub como sucessor de Ricardo Vélez Rodríguez, dispensado após ter a gestão paralisada por uma disputa interna na pasta, disse ter escolhido o economista entre ‘uma dezena de currículos’. De acordo com Bolsonaro, ele foi o único a preencher todos os pré-requisitos, que ele não esclareceu quais foram.
Ainda em seu discurso, o presidente estabeleceu como objetivos melhorar os resultados educacionais do Brasil em contas matemáticas simples, leitura e interpretação de textos e ciências. Sem mencionar especificamente, como foi de hábito em eventos anteriores, uma suposta influência excessiva de esquerda na educação, Jair Bolsonaro se limitou a dizer ser