Cesar Asfor Rocha afirma que delação do ex-ministro sobre sua participação em esquema para abafar a Castelo de Areia é mentirosa e foi recusada pelo MPF
O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha negou que seu escritório tenha sido alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta quinta-feira 7, rejeitou as acusações de que teria atuado para enterrar a Operação Castelo de Areia e anunciou que irá processar o ex-ministro Antonio Palocci, responsável pela delação, e o chamou de “delinquente”.
“Não é verdade que o escritório Cesar Asfor Rocha Advogados tenha sido alvo de busca e apreensão, como se divulgou. Antonio Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma “delação” foi recusada pelo Ministério Público Federal”, afirmou o escritório em nota.
A investigação tem como base a delação premiada de Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil durante os governos petistas. A Operação Appius, como foi batizada, ocorre em parceria com o Ministério Público Federal e apura os crimes de corrupção passiva e ativa, previstos no Código Penal, além dos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de ativos, previstos pela Lei 9.613/2018.
Na nota, Asfor Rocha, além de chamar de mentiras as afirmações de Palocci, diz que moverá ações penal e cível contra o ex-ministro. “Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro Cesar Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório”, afirma.