Um padre de 43 anos foi preso em flagrante, acusado de estuprar um adolescente, de 14 anos, por volta das 19h de segunda-feira (9) em um shopping center no Guarujá (86 km de São Paulo), segundo a polícia. A defesa do religioso afirmou que entrou com pedido para tentar reverter a prisão preventiva.
O acusado é padre desde 2007 e atualmente é pároco na região do Campo Limpo (zona sul de SP). No dia do crime, ele estava de folga, de acordo com a Diocese de Campo Limpo.
Segundo relatado pela vítima à polícia, o adolescente e outro garoto, de 13 anos, vendiam balas na avenida Marechal Deodoro da Fonseca, quando foram abordados pelo religioso, que os convidou para tomar um milk shake no shopping.
O vigia afirmou que passou a observar o religioso e constatou que ele estaria “sendo carinhoso” com o menino de 14 anos, mas “sem conotação sexual”, também de acordo com relato policial.
O segurança acabou perdendo o trio de vista e, por isso, acionou por rádio outros colegas de vigilância, que disseram ter visto o padre entrando com os garotos em um banheiro.
Quando entrou no banheiro, o segurança disse em depoimento que flagrou o padre e o garoto de 14 anos dentro de uma cabine e que o menino fugiu em seguida. O religioso acabou imobilizado por dois seguranças até a chegada da polícia.
O padre foi indiciado “por estupro e favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável“.
A diocese disse ainda que toma, “no âmbito eclesiástico, as medidas cabíveis sobre o caso, segundo a legislação canônica”, e que repudia “qualquer tipo de comportamento em desobediência à legislação Civil“. “Prosseguimos comprometidos em seguir as determinações da Igreja para tais casos, além de estar, através de seus membros, unida em oração pelos que sofrem”, diz trecho de nota.
O advogado do religioso, Gilmar José Mathias do Prado, afirmou que não pode dar detalhes sobre o caso, pois ele está em segredo de Justiça. “Entrei com um pedido de liberdade provisória, nesta quinta. Caso ele for negado, posteriormente farei um habeas corpus”, afirmou.