O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, de forma oficial, sua candidatura à reeleição presidencial durante convenção nacional do PL na manhã deste domingo (24), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O general Walter Braga Netto também foi confirmado como vice da chapa.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi quem começou os discursos do evento. Em sua fala, de cerca de 13 minutos, ela relembrou dos momentos que passou quando Bolsonaro levou a facada de Adélio Bispo, na campanha eleitoral de 2018, e também aproveitou para pregar falas religiosas aos apoiadores presentes.
Já em seu discurso, Bolsonaro pediu a Deus para que o povo brasileiro “nunca sofra as dores do comunismo”, uma critica à candidatura de Lula (PT), seu rival direito na eleição deste ano, e também relembrou momentos de seu governo. O atual presidente também afirmou que “para o povo ser forte, a intervenção do estado precisa ser cada vez menor”, apesar de não ter tido grandes atitudes ao longo de seu governo para aplicar, na prática, o que promete desde sua candidatura em 2018.
Apesar de ver seu governo envolvido em diversos casos de corrupção recente, Bolsonaro aproveitou para tentar transferir a responsabilidade do atual momento do País para os governos do PT, sob o comando de Lula (2002 a 2010) e Dilma/Temer (2011 a 2018), sempre batendo na tecla da corrupção vivida em gestões anteriores ao seu atual governo.
A pandemia também foi usada como forma de defesa de seu atual governo. “O mundo todo sofreu com isso. Buscamos medidas para melhorar o sofrimento de nosso povo”. Bolsonaro também voltou a criticar o “fique em casa, a economia a gente vê depois”, algo com o qual, de maneira negacionista e antivacina, sempre se mostrou contra durante toda a situação vivida que matou mais de 630 mil pessoas só no Brasil.
O atual presidente também anunciou que converso com o ministro da economia, Paulo Guedes, que o valor de R$ 600,00 será mantido no Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, em 2023.
Entre os presentes no Maracãnazinho estavam os deputados federais Carla Zambelli, Daniel Silveira, Onyx Lorenzon, Luiz Lima e Hélio Lopes, o senador Romário, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o ex-ministros Eduardo Pazuello e Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, o advogado Frederick Wassef e os sertanejos Matheus e Cristiano, responsáveis pelo jingle da campanha, “Capitão do povo”.