Jornal do Peninha

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Covid-19: 21,9% das pessoas acima de 65 anos não receberam 2ª dose em Goiás

Reforço é necessário para garantir imunização

Fonte: AR

Pouco mais de um quinto da população goiana acima de 65 anos de idade não recebeu até agora a segunda dose da vacina contra a covid-19. Os dados desta quarta-feira (9/6) são da plataforma Localiza SUS, do Ministério da Saúde – a mesma utilizada pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) nos boletins diários sobre o avanço do novo coronavírus. Ao todo, foram aplicadas 576.714 primeiras doses em pessoas acima de 65 anos, enquanto apenas 450.954 receberam o reforço de suas respectivas vacinas.
Em Goiânia, pessoas que não receberam a segunda aplicação na data marcada e estão com atraso no reforço têm até sexta-feira (11) para completar a imunização com garantia de prioridade. Se não completarem, as doses estocadas serão direcionadas aos próximos grupos da sociedade.
A diferença de quase 130 mil pessoas sem a imunização completa acende um alerta no combate à disseminação do vírus no território goiano. O próprio governador Ronaldo Caiado já disse em abril deste ano que “uma dose não é suficiente para gerar anticorpos capazes de imunizar as pessoas”. “A dose de reforço é fundamental, é a que garante um potencial maior de produção de anticorpos para que o organismo esteja realmente protegido.”
O grupo acima de 65 anos, inclusive, é de risco. A própria Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) na América Latina, alerta que as pessoas com maiores riscos de desenvolver o quadro grave da covid-19 são idosos e quem tenha doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas, respiratórias crônicas, diabetes e câncer.
Ainda segundo a Opas, a imunidade contra o vírus é adquirida cerca de 10 a 20 dias após o recebimento da segunda dose, apesar de cada vacina ter suas orientações específicas. Até mesmo quem já se infectou pela covid-19 deve ser vacinado, isto porque a aplicação garante imunidade mais duradoura e traz benefícios se comparada à imunidade natural.
Vale lembrar que a OMS não recomenda a automedicação como forma de tratamento à covid-19 e ainda alerta que os resultados do Ensaio de Solidariedade da organização revelaram ineficácia, em termos de mortalidade e hospitalização dos casos da covid-19, com tratamentos à base de remdesivir, hidroxicloroquina lopinavir e regimes interferon.