Secretário citou reunião com governo federal
Fonte: AR
Secretário de Saúde em Goiás, Ismael Alexandrino afirma que a possível não aquisição da vacina CoronaVac, desenvolvida a partir de parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, não afetará o cronograma de imunização contra covid-19 no Estado. “Mantemos o otimismo em relação ao início do ano, para, em janeiro de 2021, termos a vacina disponibilizada e começarmos o Programa Nacional de Imunização”, disse.
“O Ministério da Saúde nos apresentou diversos estudos e status de vacinas, inclusive a que está sendo desenvolvida pelo Butantan”, explicou Alexandrino ao acrescentar que, ao todo, foram mostradas onze vacinas diferentes pela pasta do governo federal durante reunião.
Nesta terça-feira (20/10), o governador Ronaldo Caiado comemorou o anúncio feito pelo Ministério da Saúde de que o Brasil teria, a partir de janeiro de 2021, 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan e a chinesa Sinovac. “Melhor notícia do ano”, enfatizou Caiado. Porém, nesta quarta-feira (21/10), o presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou que o País não comprará a vacina.
Além de Bolsonaro, o Ministério da Saúde também reafirmou não haver “intenção de compra de vacinas chinesas”. A fala foi do secretário executivo da pasta, Elcio Franco, em pronunciamento sobre a carta de intenções para aquisição da CoronaVac.
Para Ismael Alexandrino, tanto as falas do presidente quanto do Ministério da Saúde de hoje “não interferem no cronograma”. “A pasta [MS] sempre afirmou que aquela [vacina] que concluir os testes e forem aprovadas pela OMS e Anvisa serão disponibilizadas à população”, acrescentou o secretário.
“A premissa para aquisição de qualquer vacina prima pela segurança, eficácia (ambos conforme aprovação da Anvisa), produção em escala, e preço justo. Quando qualquer vacina estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde, ela será oferecida aos brasileiros por meio do PNI.”
Vacinas apresentadas pelo Ministério da Saúde
De acordo com o titular da Saúde em Goiás, o Ministério da Saúde apresentou nesta terça (20) onze tipos diferentes de vacinas contra a covid-19. São elas: uma desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e Sinovac; outra desenvolvida em parceria entre a Universidade Oxford e AstraZeneca; e as outras nove são de um consórcio mundial entre farmacêuticas, denominado Covax Facility.
Morte em testes da vacina da Oxford
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota sobre a morte de um voluntário dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a AstraZeneca. Segundo a Anvisa, foi informado o falecimento de um brasileiro após complicações da covid-19.
“Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo”, disse a Anvisa.
Apesar da divulgação oficial, não há confirmação se ele recebeu ou não uma dose do imunizante.
*Com informações de agências