Investigados devem responder por estelionato e associação criminosa. Polícia Civil apurou que eles criaram empresas de correspondência bancária para cometer fraude durante cerca de um ano.
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
A Polícia Civil indiciou cinco pessoas por estelionato e associação criminosa por causarem R$ 618 mil de prejuízo a um banco, em Caldas Novas, no sul goiano. Entre os investigados, dois são ex-gerentes e um atuava como funcionário da instituição financeira durante o período em que o grupo cometia os golpes.
O delegado Tiago Fraga concluiu o inquérito na terça-feira (5). Segundo ele, foram feitos pedidos de prisão dos cinco indiciados, mas a Justiça entendeu que eles deveriam responder em liberdade.
Os nomes dos indiciados e do banco não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu descobrir quem representa as defesas deles para pedir posições sobre o caso.
Delegacia de Caldas Novas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Fraga contou que o próprio banco fez uma auditoria e notou o prejuízo, por isso denunciou a suspeita à Polícia Civil, que investigou e descobriu como o grupo agia.
A corporação identificou que quatro dos envolvidos são da mesma família – um deles é pai de dois dos membros e sogro de um terceiro. Apenas o então funcionário do banco (que foi demitido após as suspeitas) não tinha uma ligação familiar com os demais.
O delegado explicou que o primeiro membro e o genro dele foram gerentes do banco e se conhecem há décadas. Os dois, junto com os outros parentes, abriram correspondentes bancários em Caldas Novas – essas empresas oferecem alguns serviços próprios das intituições financeiras, como pagamento de boletos, pedidos de abertura de contas e alguns empréstimos, por exemplo.
De acordo com o delegado, o grupo usava o limite máximo diário de transações de cada correspondente e, para liberar mais dinheiro, faziam falsos depósitos enviando envelopes vazios.
Ainda segundo o delegado, o crédito era liberado para os correspondentes bancários antes da conferência dos valores dos envelopes. No entanto, mesmo depois disso, o então funcionário do banco, que era responsável por conferir os depósitos, fraudava os registros validando os pagamentos fictícios, encobrindo o golpe.
O delegado acredita que o grupo aplicou esse golpe durante certca de um ano.
Se forem denunciados e condenados pelos crimes de estelionato e associação criminosa, cada um pode ficar preso por até oito anos.