Em um raro discurso durante o Shabat, dia sagrado para os judeus, Netanyahu usou frases fortes contra o inimigo, mas não deu novas informação sobre os reféns ou sobre a ofensiva em Gaza
Fonte: Mais Goiás
Em um movimento raro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento televisionado em que afirmou que Israel “nunca esquecerá ou perdoará os atos horríveis dos nossos inimigos”, e prometeu que os ataques aéreos na Faixa de Gaza, que até agora mataram quase 1.800 palestinos, são “apenas o começo”. O discurso causou expectativa no país e Netanyahu foi criticado por opositores por se limitar a uma fala de efeito que não trouxe novidades sobre a possível invasão terrestre de Gaza ou sobre os reféns mantidos pelo Hamas.
— Estamos lutando pelo nosso lar como leões — disse Netanyahu.
O premier israelense também declarou que o espírito das Forças de Defesa do país “inspira o mundo inteiro” e que Israel está recebendo apoio internacional substancial, incluindo a ajuda militar dos EUA e a reação na opinião pública.
- Israel ordenou deslocamento de 1,1 milhão de habitantes de Gaza para o sul, após ataque sem precendentes do Hamas, no último sábado.
- Relatos de moradores e evidências de locais com grandes incidências de ataques a civis em Israel mostraram falhas logísticas do governo israelense e das forças militares do país.
- Três brasileiros foram mortos pelos terroristas em uma rave: Karla Stelzer, Ranani Glazer e Bruna Valeanu.
- O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, procurou países árabes para tentar pressionar o Hamas.
- A coalizão do premier Benjamin Netanyahu chegou a um acordo para formar um governo de unidade nacional com a oposição
— Não vamos nunca esquecer as atrocidades que nossos inimigos executaram. E não vamos nunca perdoar — afirmou.
Apesar de sugerir que a ofensiva em Gaza avançará, Netanyahu disse que não entraria em detalhes no momento.
O líder de oposição Yair Lapid criticou o primeiro-ministro por ter causado ansiedade entre os israelenses com um discurso no início do Shabbat, o que não é usual, o que transmitiu a ideia de que haveria algo de impacto a ser comunicado à população.
— Como pode o primeiro-ministro de Israel deixar uma nação inteira em frenesi por um discurso incomum na noite de sexta-feira, apenas para depois não dizer nada sobre os reféns, o Norte, as retiradas de moradores [de áreas de Gaza] — acusou Lapid, de acordo com o jornal Jerusalém Post. O jornal pontua que não há memória de outro discurso de Netanyahu durante o Shabbat.