Fonte: Gazeta do Povo”
“Os secretários especiais do Ministério da Economia Salim Mattar (Desestatização e Privatização) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital) pediram demissão dos cargos nesta terça-feira (11). A informação foi confirmada pelo ministro Paulo Guedes durante entrevista coletiva no início da noite após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo Guedes, Salim deixa o governo porque está insatisfeito com o ritmo das privatizações no governo. “O establishment não deixa. Não avançamos nas privatizações com a mesma velocidade do que na Previdência”, disse o ministro.
Já Uebel pediu demissão por discordar da estratégia do governo federal de adiar a discussão da reforma administrativa, que faz uma reformulação do RH do Estado, para 2021. Guedes disse que o “timing” da reforma, engavetada pelo presidente Jair Bolsonaro por mexer com o funcionalismo público, é “político”.
“Hoje houve uma debandada”, disse o ministro da Economia. Com as saídas deles, já são dez o número de membros diretos da equipe econômica que se demitiram desde que Guedes tomou posse — cinco deles nos últimos 60 dias.
Nas últimas semanas, Mansueto Almeida já havia deixado o Tesouro Nacional, Caio Megale deixou a diretoria de programas da Secretaria Especial da Fazenda e Rubem Novaes anunciou que deixará a presidência do Banco do Brasil.
Outros pedidos de demissão recentes na equipe de Paulo Guedes
A equipe econômica montada pelo ministro Paulo Guedes sofreu três importantes baixas em menos de um mês. Pediram demissão de seus cargos Caio Megale (diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia), Rubem Novaes (presidente do Banco do Brasil) e Mansueto Almeida (Secretário do Tesouro). Os três alegaram razões pessoais para deixar o governo.
Megale e Novaes vão deixar seus cargos no começo de agosto. O ministro Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não definiram seus sucessores. Já Mansueto deixou o Tesouro em 15 de julho. Em seu lugar, assumiu o economista Bruno Funchal, ex-secretário de Fazenda do Espírito Santo e ex-diretor de Programas da pasta.
Antes da debandada de julho, outros nomes importantes já haviam deixado o time de Guedes, seja por decisão própria ou política. É o caso de Joaquim Levy e Marcos Cintra, ambos demitidos pelo presidente Jair Bolsonaro; de Marcos Troyjo e Rogério Marinho, promovidos a cargos melhores; e de Alexandre Manoel, que saiu alegando cansaço.