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Goiás confirma 39 casos de malária; saiba como prevenir

Médico detalha principais sintomas da doença 

O médico generalista Lucas Martins explica que a população precisa estar atenta para prevenir a doença. “É importante deixar claro que a malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Porém, a doença pode evoluir para suas formas graves, podendo levar o paciente a óbito, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada”.
No último dia 17 de abril, o Governo de Goiás emitiu um alerta em relação a um caso de malária envolvendo uma paciente de Anápolis. O caso foi classificado como autóctone, que significa que a pessoa não viajou para fora do Estado. O único deslocamento realizado pela mulher foi a uma chácara em Aparecida de Goiânia, perto de onde já havia sido confirmado outro caso de malária, em fevereiro. Segundo a SES-GO, neste ano, apenas esses dois casos foram registrados como autóctones. 
O que é malária?
A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. “Esses mosquitos são mais abundantes no entardecer e no amanhecer, além de todo o período noturno. Vale lembrar que não é uma doença contagiosa, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa”, explica o médico. 
Prevenção
Ainda de acordo com Lucas, medidas simples podem ajudar na prevenção da doença. “Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso regular de repelentes, o uso de roupas que protegem as áreas do corpo, como, por exemplo, braços e pernas, além do uso de mosquiteiros sobre a cama e telas em portas e janelas. Eu gosto de reforçar o uso de repelentes porque hoje no mercado a população encontra o produto com facilidade, e é, sem dúvidas, uma das medidas mais eficazes. Infelizmente ainda não temos uma vacina contra malária no Brasil”, afirma.
Sintomas
Febre alta, dor de cabeça, calafrios, tremores e sudorese são os sintomas mais comuns da doença. “Existem casos em que as pessoas antes de apresentarem esses sintomas sentem náuseas, falta de apetite, cansaço, convulsões, diarreia e dificuldade respiratória. As mulheres grávidas, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a casos graves da doença, se não forem atendidas o mais rápido possível. Por isso, fica o alerta, o médico deve ser procurado o quanto antes”, acrescenta Lucas. 
Tratamento
De acordo com o médico, após a confirmação da doença no paciente, o tratamento é feito por meio do uso de comprimidos que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Somente em casos graves é que o paciente deverá ser hospitalizado de imediato. O tratamento realizado de maneira certa e em tempo oportuno garante a cura da doença e a qualidade de vida do paciente”, finaliza.