Jornal do Peninha

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Goiás tem 809 mil pessoas acima de 12 anos que ainda não receberam 1ª dose

Dados são da Secretaria Estadual de Saúde

Fonte: AR
Cerca de 809 mil pessoas aptas a receber vacina contra a covid-19 em Goiás ainda não garantiram a aplicação da 1ª dose de nenhum dos imunizantes disponíveis. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e foram atualizados nesta segunda-feira (22/11).  
 
Até o momento, conforme a SES-GO, foram aplicadas no Estado mais de 9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19: 5.164.509 D1, 3.865.924 D2 ou DU e 352.913 D3 (reforço). Ao todo, há 6.466.231 de cidadãos aptos a receber a vacina contra a covid-19 em Goiás – este número representa a população acima de 12 anos. Destes, segundo a SES-GO, os que ainda não iniciaram a imunização representam 12,52%. 
Segunda dose
Levando em conta a população acima de 40 anos de idade em Goiás, público que já teve a vacinação liberada há mais tempo e poderia ter o esquema vacinal concluído mais cedo, cerca de 137 mil pessoas ainda não receberam a segunda dose de seus respectivos imunizantes. Este valor representa 5,4% dos habitantes com 40 anos ou mais que receberam a primeira vacina – ao todo, são 2.534.867.
Consequências do atraso na vacinação
O problema de não se completar o esquema vacinal, conforme explicam especialistas, se baseia no fato de que, com a imunização incompleta, o vírus segue com circulação intensa e, a cada vez que contamina alguém, pode ganhar características diferentes. “Ainda não é possível afirmar o tempo de proteção da vacina, se vão haver novas variantes que escapem da resposta vacinal”, explicou a infectologista Luciana Barreto em entrevista ao jornal A Redação.
Até hoje, por exemplo, são identificadas novas cepas que criam possibilidades do vírus ganhar maior poder de disseminação e até mesmo, como detalhou a especialista, “escapar” dos imunizantes. Um preprint, pesquisa que ainda não foi certificada por outros cientistas, feito por pesquisadores de universidades de países como Reino Unido, México e Brasil, aponta uma variante (B.1.628) que surge da combinação de outras duas cepas, B.1.631 e B.1.634.

Micrografia eletrônica de varredura colorida de uma célula (azul-petróleo) infectada com partículas do vírus SARS-CoV-2 (rosa), isolada de uma amostra de paciente. (Foto: Niaid)
Apesar de reconhecer o avanço, em âmbito mundial, da variante Delta, o estudo sugere disseminação “notável” da B.1.628 – registrada principalmente nos Estados Unidos e México. A pesquisa aponta ainda a ocorrência de 1.287 casos desta nova cepa na América do Norte. No entanto, não há qualquer indício de que a variante seja mais contagiosa ou mortal.