Zé Trovão foi condenado à prisão por incitar violência e atos antidemocrático nas manifestações de 7 de setembro
Alexandre Bittencourt Goiânia, GO – Mais Goiás
O líder caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, voltou para o Brasil depois de quase dois meses foragido no México se apresentou à Polícia Federal nesta terça (26). Havia mandado de prisão contra ele, expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, por incitar violência e desobediência antidemocrática na véspera dos atos de 7 de setembro.
Há informações de que Zé Trovão está no Brasil desde o fim de semana. Ele teria passado dias com a família antes de se entregar. O retorno aconteceu com escala no Peru. O nome do líder bolsonarista já havia sido incluído na lista de difusão vermelha da Interpol.
Pedido de revogação da prisão foi negado pelo STF em setembro
No dia 21 de setembro deste ano, o ministro Alexandre de Moraes negou pedido da defesa para retirar a ordem de prisão contra Zé Trovão e censurou o comportamento do líder caminhoneiro no sentido de obstruir o cumprimento de ordens do Judiciário.
“Diante das repetidas violações, a revelar insuficiência das medidas cautelares, bem como diante da possibilidade de obstrução à Justiça, está absolutamente demonstrada a necessidade de decretação da prisão, para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal”, dizia trecho da decisão de Moraes.
Além da fuga, o ministro lamentava notícias de que o foragido “solicitou asilo político ao Governo do México, com nítido objetivo de burlar a aplicação da lei penal, o que indica, nos termos já assinalados, a necessidade de manutenção da decretação de sua prisão preventiva”.
PF sabia que Zé Trovão estava no México
A Polícia Federal (PF) descobriu o líder caminhoneiro no México, em 9 de setembro, mas as autoridades policiais mexicanas não conseguiram capturá-lo. A PF teve ajuda do Itamaraty para localizá-lo.
“Viralizem esse vídeo, todos os motoqueiros do Brasil. Eu preciso do apoio de vocês. Precisamos todos ir a Brasília. Em alguns momentos devo ser preso. Para quem não sabe, estou no México e a embaixada brasileira entrou no hotel que estou e a polícia deve chegar em alguns momentos. Eu não cometi nenhum crime. (…) Preso politicamente por um crime de opinião. (…) Nos ajude, pelo amor de Deus”, disse à época.