“Tudo declarado e auditado”, disse
Hang também admitiu que recebeu benefícios fiscais para a atividade das empresas Havan no País, mas afirmou que todos os incentivos estão previstos em legislação. Ele ainda classificou como “fake news” a informação de que tenha sido financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES).
Tumulto
O depoimento de Hang começou tumultuado na CPI. Houve bate-boca entre o grupo majoritário e os governistas. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) chegou a pedir a retirada do advogado do empresário na sala da comissão após o defensor ter supostamente ofendido o parlamentar.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), determinou a apreensão de placas que Hang levou para a comissão pela Polícia do Senado. Uma delas tinha a frase “não me deixam falar”. Além disso, o empresário divulgou um vídeo considerado como propaganda de suas lojas. A sessão da CPI foi suspensa após a discussão.
‘Papel central’
“A mobilização da tropa bolsonarista na CPI para defender Luciano Hang demonstra o papel central do empresário para as investigações. Eles se entregaram! Quem financia as fake news? Qual o papel do empresário no esquema? Por que é tão importante para eles essa blindagem?” O questionamento foi feito pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), em publicação no Twitter, sobre o bate-boca entre senadores durante sessão de depoimento do dono da Havan, o empresário Luciano Hang, nesta quarta-feira.
A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) também fez publicação no Twitter sobre o bate-boca. “Quando os senadores Flávio Bolsonaro, Marcos Rogério e sua trupe tumultuam a #CPIdaCovid é sinal de que bateu o desespero?”, escreveu. Sem habeas corpus, Luciano Hang conta com o amparo de senadores da base do governo.