Publicidade do entendimento do ministro do STF acontece quase uma semana depois da medida. PF pediu busca e apreensão contra oito empresários com base em reportagem
Fonte: O Tempo
Quase uma semana depois de autorizar uma operação policial para investigar oito empresários, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo e tornou pública a decisão do dia 19 de agosto. A decisão foi divulgada pela CNN e pelo G1 e confirmados pela reportagem de O Tempo.
Em um grupo de mensagens no WhatsApp, eles defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Eles também fazem ataques aos ministros do STF e TSE. As conversas foram reveladas pelo portal Metrópoles e são a base exclusiva do pedido de busca e apreensão da Polícia Federal.
Os alvos da operação foram: Luciano Hang (dono das lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira (Coco Bambu).
Moraes também autorizou a quebra do sigilo bancário e bloqueio de contas e perfis nas redes sociais.
Moraes afirma que ” não há dúvidas de que as condutas dos investigados indicam possibilidade de atentados contra a Democracia e o Estado de Direito, utilizando-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário, o Estado de Direito a Democracia”.
O ministro considerou que “é imprescindível a realização de diligências, inclusive com o afastamento de garantias, que não podem ser usadas como escudo para a prática de atividades ilícitas”.